

Ativistas pró-palestinos vandalizam complexo de golfe de Trump na Escócia
Um grupo de ativistas pró-palestinos pintou, na noite de sexta-feira (7), a frase "Gaza não está à venda" em letras maiúsculas e em inglês no gramado do prestigiado complexo de golfe Turnberry do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Escócia.
Os ativistas também removeram torrões de terra e pintaram a casa do resort de luxo com tinta vermelha.
A Ação Palestina "rejeita que Donald Trump trate Gaza como se fosse sua propriedade para fazer o que quiser", disse um porta-voz do grupo em um comunicado.
As pichações são uma "resposta direta à intenção declarada do governo americano de limpar Gaza etnicamente. Mostramos a ele que sua propriedade não está imune a atos de resistência", acrescentou.
Trump provocou uma onda de indignação quando propôs a transferência de palestinos de Gaza para os vizinhos Egito e Jordânia, a fim de transformar o território palestino na "Riviera do Oriente Médio".
Na quarta-feira, o líder republicano fez uma "advertência final" ao movimento islamista palestino Hamas, que governa a Faixa de Gaza, pedindo que liberte os reféns israelenses sob pena de "morte" do "povo de Gaza".
O território palestino é palco de uma frágil trégua entre Israel e Hamas, que discordaram sobre os termos para prolongar o cessar-fogo, em vigor desde 19 de janeiro, após 15 meses de uma guerra devastadora.
A polícia da Escócia disse à AFP que estava investigando o incidente depois de ser alertada sobre os danos por volta das 4h40 GMT de sábado (1h40 em Brasília).
"É um ato infantil e criminoso. Turnberry é um tesouro nacional e continuará sendo o farol número um de luxo e excelência no mundo do golfe", condenou um porta-voz do grupo Trump Turnberry.
A propriedade, no sudoeste da Escócia, é um dos dois complexos turísticos que o presidente americano possui no país onde sua mãe nasceu.
R.Vercruysse--JdB