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Egito, Jordânia, Catar e Arábia Saudita acusam Israel de 'violação flagrante' de acordo de trégua
Egito, Jordânia, Catar e Arábia Saudita condenaram neste domingo (2) o bloqueio israelense à entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza e classificaram essa iniciativa como "uma violação flagrante" dos acordos de trégua com o Hamas.
"O Egito afirma que essas medidas são uma violação flagrante do acordo de cessar-fogo", diz um comunicado do Ministério das Relações Exteriores do país árabe, que acusa Israel de usar a fome como "arma contra o povo palestino".
O Cairo, que atuou como mediador do conflito, também acusou Israel de usar a fome como "arma contra o povo palestino".
Ao anunciar hoje que bloquearia a entrada de todos os bens e suprimentos a Gaza, Israel advertiu para "consequências adicionais" se o Hamas não aceitar estender a primeira fase do cessar-fogo.
O grupo islamista palestino, por sua vez, acusou Israel de tentar minar a trégua, que entrou em vigor em 19 de janeiro e foi mantida em grande medida, apesar das acusações mútuas de violações e da falta de acordo sobre suas próximas fases.
O ministro das Relações Exteriores egípcio, Badr Abdelatty, disse anteriormente que "não há alternativa à implementação fiel e total, por todas as partes, do que foi assinado em janeiro". O progresso é possível "se estão presentes a boa-vontade e a vontade política".
O Egito será o anfitrião de uma reunião de ministros das Relações Exteriores árabes nesta segunda-feira, antes de uma cúpula na terça na qual os líderes árabes vão discutir um plano de reconstrução para Gaza.
Um comunicado do Ministério de Relações Exteriores jordaniano também classificou a decisão israelense de "violação flagrante" dos acordos e pediu a Israel que deixe de utilizar a "fome como arma contra os palestinos e os inocentes".
Além disso, a Jordânia advertiu que o bloqueio israelense poderia "fazer a situação explodir novamente" no território palestino.
P.Renard--JdB