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Familiares de reféns israelenses em Gaza protestam no 500º dia de cativeiro
Com fotos de seus entes queridos, familiares de reféns israelenses retidos na Faixa de Gaza manifestaram-se nesta segunda-feira (17), quando se completam 500 dias de cativeiro, e instaram as autoridades a trabalharem por sua libertação.
Dezenas de manifestantes marcharam até a residência do primeiro-ministro, Benjamin Netanayhu, em Jerusalém, entoando palavras de ordem e carregando cartazes. Depois, reuniram-se com deputados no Parlamento.
"Meus olhos ardem pelas lágrimas que derramo há 500 dias", disse Einav Zangauker, cujo filho, Matan, está entre os reféns que continuam em Gaza desde o ataque do Hamas no dia 7 de outubro de 2023, no sul de Israel, que desencadeou a guerra no território palestino.
O ataque do Hamas causou 1.211 mortes, a maioria de civis, segundo um levantamento da AFP baseado em dados oficiais israelenses.
Os combatentes islamistas também capturaram 251 pessoas, das quais 70 ainda estão em Gaza, embora 35 estejam mortas, de acordo com o Exército israelense.
Nesta segunda-feira, Zangauker pediu aos deputados que "façam todo o possível para trazer" de volta "vivos" tanto seu filho quanto os outros reféns.
Em dezembro, o Hamas divulgou um vídeo do filho, que foi sequestrado junto com a namorada no kibutz Nir Oz durante o violento ataque dos militantes.
Israel e Hamas concordaram com uma trégua em Gaza, cuja primeira fase começou em 19 de janeiro, após meses de mediação por parte do Catar, Egito e Estados Unidos.
O cessar-fogo foi respeitado e permitiu a libertação de 19 reféns israelenses em troca de mais de 1.100 palestinos que estavam presos em cadeias israelenses.
No total, 33 reféns israelenses, incluindo oito que morreram, devem ser entregues nesta primeira fase da trégua, em troca de 1.900 prisioneiros palestinos.
Nesta segunda-feira, também estão previstas manifestações em Jerusalém e Tel Aviv pelos 500 dias de cativeiro dos reféns.
E.Carlier--JdB