Journal De Bruxelles - Sírios comemoram a queda de Assad na capital Damasco

Sírios comemoram a queda de Assad na capital Damasco
Sírios comemoram a queda de Assad na capital Damasco / foto: Rami al SAYED - AFP

Sírios comemoram a queda de Assad na capital Damasco

Combatentes e civis sírios expressaram sua alegria na Praça dos Omíadas, no centro de Damasco, onde se reuniram nesta segunda-feira (9) para celebrar a queda do presidente Bashar al-Assad depois que os rebeldes suspenderam o toque de recolher noturno.

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O presidente deposto fugiu de Damasco para Moscou no domingo, expulso por uma ofensiva relâmpago dos rebeldes islamistas, que representou um ponto de mudança na história deste país governado por 50 anos pelo clã Assad.

Muitos combatentes rebeldes se reuniram na Praça dos Omíadas, onde vários civis se uniram às celebrações pela queda de Bashar al-Assad a bordo de seus veículos.

"É indescritível, não pensávamos que este pesadelo iria terminar, estamos renascendo", afirmou Rim Ramadan, de 49 anos, uma funcionária do Ministério das Finanças.

"Estávamos há 55 anos com medo de falar, até mesmo em casa, dizíamos que as paredes tinham ouvidos. Você sente como se estivesse vivendo um sonho", acrescentou à AFP, em meio ao som de buzinas e tiros para o alto.

Da praça era possível observar uma coluna de fumaça em um bairro vizinho, onde ficam os edifícios dos serviços de segurança, que foram incendiados no domingo.

A cidade teve um toque de recolher da noite de domingo até 5H00 (23H00 de Brasília, domingo).

No dia 27 de novembro, uma coalizão de rebeldes liderada pelo grupo islamista radical Hayat Tahrir al Sham (HTS), de Abu Mohammad al-Jolani, iniciou uma ofensiva a partir de seu reduto em Idlib, no noroeste do país.

Em 10 dias, diante do colapso das forças governamentais, os rebeldes conquistaram territórios e tomaram o controle das cidades de Aleppo (norte), Hama (centro), Daraa (sul) e Homs, antes de entrar na capital Damasco.

Esta foi a ofensiva mais rápida desde o início da guerra civil de 2011, provocada pela repressão violenta das manifestações pró-democracia e que deixou mais de 500.000 mortos.

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Y.Simon--JdB