Journal De Bruxelles - Trump ataca juiz que ampliou ordem de silêncio durante julgamento em Nova York

Trump ataca juiz que ampliou ordem de silêncio durante julgamento em Nova York
Trump ataca juiz que ampliou ordem de silêncio durante julgamento em Nova York / foto: Charly TRIBALLEAU - AFP/Arquivos

Trump ataca juiz que ampliou ordem de silêncio durante julgamento em Nova York

Donald Trump voltou a atacar, nesta terça-feira (2), Juan Merchan, juiz de Nova York que vai presidir o processo contra ele por supostos pagamentos contra uma ex-atriz pornô, depois que o magistrado ampliou a ordem de silêncio para evitar ataques contra envolvidos no caso.

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"Acabei de ser informado de que outro juiz corrupto de Nova York, Juan Merchan, me SILENCIOU para que eu não possa falar sobre a corrupção e os conflitos que ocorrem em seu tribunal", escreveu Trump em sua plataforma Truth Social.

"Eles podem falar sobre mim, mas eu não posso falar sobre eles? Isso parece justo, não parece?", acrescentou o ex-presidente: "INTERFERÊNCIA ELEITORAL do pior tipo!".

O juiz estendeu ontem a proibição já imposta a Trump, de atacar publicamente testemunhas, jurados ou funcionários da corte, alegando que os membros de sua família ou do promotor de Manhattan, Alvin Bragg, também deveriam ser protegidos de ataques. A ordem chega depois de Trump agredir o juiz e sua filha em uma série de publicações na Truth Social.

Merchan disse na ordem desta segunda-feira que o "padrão de Trump de atacar membros da família de juristas e advogados designados para seus casos não serve a nenhum propósito legítimo. Isso só amedronta os envolvidos no processo."

A defesa de Trump informou que buscava a recusa do juiz do caso, porque sua filha trabalhava para uma consultoria política que esteve a serviço do Partido Democrata, do presidente Joe Biden. "Sua Senhoria tem um interesse neste caso que justifica a recusa", ressaltaram os advogados em uma apresentação judicial.

Neste caso, Trump enfrenta acusações de falsificar registros comerciais para acobertar pagamentos que seu advogado, Michael Cohen, fez à ex-atriz pornô Stormy Daniels na véspera das eleições de 2016, para se assegurar de que um encontro sexual entre os dois não viesse à tona.

O caso começa em 15 de abril e marca o início do primeiro julgamento criminal da história contra um ex-presidente americano.

Questionado por jornalistas se aceitará testemunhar, Trump disse que "não terá problema em testemunhar".

Atualmente, o ex-presidente é alvo de quatro denúncias criminais e enfrenta 88 acusações por uma ampla variedade de supostos crimes.

R.Vercruysse--JdB