Journal De Bruxelles - China apoia Venezuela em processo eleitoral e critica 'interferência externa'

China apoia Venezuela em processo eleitoral e critica 'interferência externa'
China apoia Venezuela em processo eleitoral e critica 'interferência externa' / foto: Francisco Batista - Venezuelan Presidency/AFP

China apoia Venezuela em processo eleitoral e critica 'interferência externa'

A China expressou, nesta sexta-feira (29), seu apoio à Venezuela na preparação das eleições presidenciais de 28 de julho e criticou a "interferência externa" dos Estados Unidos, após Washington manifestar preocupação com o impedimento do registro de candidaturas da oposição.

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"Respeitamos a independência nacional e soberana da Venezuela, apoiamos a Venezuela no avanço das eleições de acordo com sua constituição e leis", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Lin Jian, em coletiva de imprensa.

A China se opõe à "interferência externa" dos Estados Unidos nos assuntos da Venezuela, continuou o porta-voz, que também pediu "um papel positivo e construtivo da comunidade internacional".

Os Estados Unidos condenaram na quarta-feira a impossibilidade da inscrição da candidata Corina Yoris, apoiada pela principal coalizão opositora Plataforma Unitária Democrática (PUD) e designada pela líder María Corina Machado após sua inabilitação política.

“Vai contra eleições competitivas e inclusivas que o povo venezuelano e a comunidade internacional considerarão legítimas", declarou o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, em comunicado.

Miller também insistiu na quinta-feira em pedir "eleições livres e justas" e reiterou que as sanções flexibilizadas no final do ano passado serão revertidas em 18 de abril se isso não for cumprido.

A Venezuela respondeu que os Estados Unidos buscam "desprestigiar" e não reconhecer suas eleições, assim como ocorreu em 2018, quando o presidente Nicolás Maduro foi reeleito e Washington rotulou o processo de fraudulento, endurecendo as sanções.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, considerado aliado de Maduro, e o francês, Emmanuel Macron, também expressaram preocupação com a exclusão de Yoris.

As razões pelas quais a candidatura de Yoris foi bloqueada ainda não foram explicadas pelas autoridades do Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

A principal coalizão de partidos acabou inscrevendo "provisoriamente" de última hora Edmundo González Urrutia, enquanto define seu candidato.

O opositor Manuel Rosales, antigo rival do falecido presidente Hugo Chávez, também se candidatou no último momento.

No total, 13 candidatos se inscreveram, incluindo opositores, Maduro, um ex-reitor eleitoral e nove líderes que se apresentam como antichavistas, mas são tachados pela oposição tradicional como colaboracionistas do governo.

R.Vandevelde--JdB