Biden e Trump fazem campanha em Nova York, cada um à sua maneira
O presidente americano, o democrata Joe Biden, e seu antecessor, o empresário republicano Donald Trump, fazem campanha em Nova York nesta quinta-feira (28) para as eleições presidenciais de novembro: o primeiro participa de um evento para arrecadação de fundos, enquanto o segundo assiste a uma homenagem para um policial morto em serviço.
O ex-presidente fez uma curta declaração após comparecer ao velório de Jonathan Diller, policial nova-iorquino morto a tiros na segunda-feira durante uma operação na via pública no distrito do Queens.
"Temos que parar isso, temos que voltar à lei e à ordem", disse o empresário de 77 anos, que se absteve de fazer críticas diretas ao adversário democrata.
Sua equipe insiste em ressaltar o contraste entre este compromisso solene e o ato para arrecadação de fundos do qual participam Joe Biden, e seus antecessores democratas Barack Obama (2009-2017) e Bill Clinton (1993-2001), no qual esperam arrecadar US$ 25 milhões (R$ 125 milhões, na cotação atual).
Dezenas de manifestantes pró-palestinos se reuniram, debaixo de chuva, nos arredores da famosa casa de shows Radio City Music Hall, no centro de Manhattan, local do evento democrata, para pedir um cessar-fogo em Gaza.
O porta-voz de Trump, Steven Cheung, já tinha criticado, na rede social X, a diferença entre o programa de Trump e a "festa deslumbrante" dos três democratas, "com seus benfeitores elitistas e defasados".
A Casa Branca anunciou que o presidente Biden telefonou para o prefeito de Nova York, Eric Adams, para lhe prestar os pêsames pela "morte trágica" de Diller.
O democrata não entrou em contato com a família do policial, mas "compartilha de sua dor", declarou sua porta-voz, Karine Jean-Pierre, acrescentando que Joe Biden "sempre esteve ao lado das forças de ordem e continua estando".
- R$ 500 mil por uma foto -
O comediante Stephen Colbert será o anfitrião do encontro dos três líderes democratas no Radio City Music Hall, que contará, ainda, com apresentações das cantoras Lizzo e Queen Latifah, e a presença de 5.000 pessoas.
Segundo a emissora NBC News, os convidados podem chegar a pagar 100.000 dólares (R$ 500 mil) por uma foto com o trio.
"Os números não mentem: o evento de hoje é uma demonstração enorme de força", disse Jeffrey Katzenberg, principal arrecadador da campanha do presidente, em nota na qual detalhou que em uma única festa, Biden vai arrecadar mais dinheiro que Trump em todo o mês de fevereiro.
Biden está com os cofres mais cheios que seu oponente republicano, que deve usar parte dos recursos arrecadados entre seus apoiadores para pagar as despesas legais com os vários casos abertos contra ele.
Trump, de 77 anos, se sentará novamente no banco dos réus no próximo 15 de abril, em Nova York, para responder sobre o pagamento para comprar o silêncio de uma ex-atriz pornô em 2016, com a qual teria tido um caso extraconjugal, o que ele sempre negou. Esta é uma das quatro acusações contra ele.
O republicano dedica grande parte de sua retórica de campanha a atacar a imigração ilegal e a criticar seu adversário democrata pelo que chama de negligência policial.
D.Verheyen--JdB