Opositora venezuelana anuncia substituta para enfrentar Maduro
A líder opositora venezuelana María Corina Machado anunciou, nesta sexta-feira (22), que Corina Yoris, filósofa e professora universitária, será a candidata que a representará nas eleições presidenciais de 28 de julho, nas quais enfrentará o presidente, Nicolás Maduro.
"É uma pessoa da minha total confiança, honrada, que vai cumprir esse trâmite com o apoio e a confiança de todos", disse a dirigente liberal ao anunciar o nome de Corina Yoris, que integrou a comissão que organizou as primárias opositoras realizadas em 22 de outubro de 2023, nas quais María Corina Machado venceu com folga. "Aqui vamos juntas. Somos uma grande equipe", prosseguiu.
"Neste momento, eu me sinto não apenas orgulhosa, mas tremendamente comprometida com o povo, com a cidadania, com María Corina, com este ato de confiança de depositar em mim esse desafio que ela tem", destacou Corina Yoris, licenciada em Filosofia e Letras e doutora em História.
Especialistas avaliam que María Corina Machado, com 70% de aceitação em algumas pesquisas, tem alto poder de transferência, que poderia impulsionar a candidatura de quem a substituir.
O período de inscrição das candidaturas para as eleições começou em 21 de março e se estenderá até a segunda-feira, 25.
A oposição conta com apenas duas representações partidárias autorizadas: a MUD, antiga aliança substituída pela atual Plataforma Unitária (PUD), e Um Novo Tempo (UNT), de Manuel Rosales, que enfrentou Hugo Chávez nas presidenciais de 2006, esteve exilado no Peru e agora é governador do estado petroleiro de Zulia (oeste).
Isso significa que haverá apenas duas candidaturas, que também podem ser rejeitadas e não teriam oportunidade de substituição. A inscrição é feita por um sistema que a oposição também denunciou nesta sexta-feira por não ter conseguido acessar.
Apoiadores de Maduro recorreram ao CNE para inscrever seu nome, mas ele ainda não se apresentou perante a autoridade eleitoral para formalizar sua candidatura.
Políticos que se denominam antichavistas, mas que a oposição considera colaboracionistas do chavismo, foram os primeiros a se inscrever.
Y.Callens--JdB