Juiz da Geórgia rejeita seis acusações contra Trump
Um juiz da Geórgia, nos Estados Unidos, rejeitou nesta quarta-feira (13) seis acusações secundárias apresentadas contra Donald Trump e outros réus por supostas tentativas de reverter os resultados das eleições de 2020 no estado.
"Isto não significa que toda a acusação foi descartada", declarou o juiz da Suprema Corte do condado de Fulton, Scott McAfee, em uma decisão de seis páginas.
Em agosto de 2023, Trump e outras 18 pessoas foram indiciados por crime organizado e outras acusações.
Nesta quarta-feira, McAfee descartou as denúncias menores contra Trump, seu ex-advogado e ex-prefeito de Nova York, Rudy Giuliani, o ex-chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, e os advogados Charles Eastman, Ray Smith e Robert Cheeley.
Eles foram acusados de pedir às autoridades da Geórgia que violassem seu juramento, como parte de uma tentativa de mudar o resultado das eleições de 2020, vencidas por Joe Biden.
Trump foi acusado especificamente de pedir ao secretário de Estado da Geórgia que revogasse ilegalmente o certificado do resultado eleitoral no estado, onde o republicano perdeu por apenas 12.000 votos.
O juiz McAfee justificou sua decisão de rejeitar as acusações por "falta de detalhes", que não fornecem "informações suficientes para que os acusados possam preparar adequadamente sua defesa".
Quatro dos co-acusados de Trump, incluindo três ex-advogados de campanha, se declararam culpados por acusações menores, em acordos que os impedirão de ir para a prisão.
Os advogados de Trump e outros acusados buscam o arquivamento completo do caso, alegando má conduta por parte da procuradora principal, Fani Willis.
Espera-se que McAfee decida ainda nesta semana o pedido da defesa para desqualificar Willis, após revelar um relacionamento romântico entre ela e um homem que contratou como promotor especial do caso.
Trump também enfrenta acusações federais por conspirar contra os resultados das eleições de novembro de 2020.
Esse julgamento estava agendado para 4 de março, mas está em suspenso enquanto a Suprema Corte dos Estados Unidos decide se o magnata possui imunidade penal por ser ex-presidente.
Nesta semana, Biden e Trump garantiram delegados suficientes nas primárias para se consagrarem como candidatos de seus partidos, e voltarão a se enfrentar nas eleições de novembro.
F.Dubois--JdB