Journal De Bruxelles - Governo argentino envia forças federais à cidade de Rosário, assolada pelo narcotráfico

Governo argentino envia forças federais à cidade de Rosário, assolada pelo narcotráfico
Governo argentino envia forças federais à cidade de Rosário, assolada pelo narcotráfico / foto: Handout - Santa Fe's Government/AFP

Governo argentino envia forças federais à cidade de Rosário, assolada pelo narcotráfico

O governo argentino anunciou neste domingo (10) o envio de forças federais para a cidade de Rosário, no centro do país, para combater o narcotráfico, após quatro assassinatos de civis nos últimos dias, perpetrados por "narcoterroristas", segundo o Executivo.

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"Após um pedido do governador [da província de Santa Fe] Maximiliano Pullaro [...] a Polícia Federal, a Gendarmeria Nacional, a Prefeitura Naval, a Polícia de Segurança Aeroportuária e o Serviço Penitenciário assistirão a polícia de Santa Fe em seu combate contra o narcotráfico", publicou na rede social X o Escritório do Presidente da República Argentina, Javier Milei.

A medida inclui o envio das Forças Armadas para fornecer apoio "sempre dentro dos termos da Lei de Segurança Interna", de acordo com a mesma fonte.

Embora as Forças Armadas argentinas não possam intervir diretamente, a exceção prevista na legislação é quando participam para "apoiar as operações de segurança interna" por meio do uso "de seus serviços de arsenais, intendência, saúde, veterinária, construções e transporte, assim como de elementos de engenharia e comunicações".

O anúncio do governo ocorre após uma série de eventos violentos nesta cidade às margens do rio Paraná, a terceira maior da Argentina, com 1,3 milhão de habitantes, onde dois taxistas, um motorista de ônibus e um funcionário de um posto de gasolina foram assassinados esta semana.

Os ataques "narcoterroristas", segundo o governo de Santa Fe, são uma resposta ao endurecimento das condições de detenção dos presos de alto perfil nas prisões da província.

No caso do funcionário assassinado no posto de gasolina, os criminosos deixaram uma nota exigindo "direitos para os presos das prisões" da cidade e ameaçaram "matar mais inocentes".

H.Dierckx--JdB