Journal De Bruxelles - Prabowo mantém ampla vantagem após metade da apuração de votos para Presidência indonésia

Prabowo mantém ampla vantagem após metade da apuração de votos para Presidência indonésia
Prabowo mantém ampla vantagem após metade da apuração de votos para Presidência indonésia / foto: Bay Ismoyo - AFP

Prabowo mantém ampla vantagem após metade da apuração de votos para Presidência indonésia

O ministro da Defesa, Prabowo Subianto, mantinha nesta sexta-feira (16) uma ampla vantagem para conquistar a Presidência da Indonésia, após a contagem de mais da metade das cédulas das eleições celebradas na quarta-feira.

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O ex-general, de 72 anos, com um passado polêmico, possui 57% dos votos, à frente dos ex-governadores de Jacarta, Anies Baswedan (25%), e de Java Central, Ganjar Pranowo (18%).

Isto seria suficiente para Prabowo, que já se autoproclamou vencedor na quarta-feira, garantir a vitória no primeiro turno e suceder ao popular presidente Joko Widodo.

Widodo, que estava no poder há 10 anos, não pôde concorrer à reeleição porque esgotou o limite de dois mandatos.

O resultado oficial das eleições só será conhecido no final de março, mas a maioria dos analistas estima que a vitória está praticamente garantida.

"Esta vitória deveria ser uma vitória para todos os indonésios", afirmou Prabowo na quarta-feira, quando o início da contagem já indicava a vantagem.

Anies Baswedan, segundo colocado segundo os resultados parciais, indicou que aguardaria "a conclusão da contagem" e aconselhou nesta sexta-feira que "todos estejam vigilantes para que o processo ocorra de forma autêntica e correta".

A comitiva de Ganjar Pranowo denunciou fraudes "sistemáticas e maciças", segundo um porta-voz.

- Felicitações -

Prabowo Subianto disse na noite de quinta-feira que o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, ligou para parabenizá-lo, assim como os líderes de Singapura, Malásia e Sri Lanka.

Mark Rutte, primeiro-ministro dos Países Baixos indicou na noite de quinta-feira que felicitou Prabowo pelo "resultado previsto" das eleições.

Os Estados Unidos, cautelosos, parabenizaram os indonésios pela "forte participação" nas eleições, sem mencionar o ministro.

O ex-militar beneficiou-se do apoio popular à candidatura como vice de Gibran Rakabuming Raka, filho do presidente em final de mandato. Sua campanha foi caracterizada pela retórica nacionalista e ele prometeu seguir as políticas de Widodo.

Porém, várias ONG o acusam de violações dos direitos humanos durante a ditadura de Suharto (1967-1998), especificamente de mandar sequestrar ativistas nos últimos anos.

Ele nega as acusações, que, embora nunca tenham sido formalizadas, lhe custaram a expulsão do Exército com a chegada da democracia.

Na quinta-feira, em frente ao Palácio Presidencial, mais de cem manifestantes exibiram uma faixa com o lema "Salvem a democracia".

Milhões de assessores e agentes foram mobilizados para as eleições no país com 17 mil ilhas. Pelo menos 14 morreram entre terça e quinta-feira, informou a imprensa, citando a polícia e autoridades locais.

E.Janssens--JdB