Bombardeios russos contra a Ucrânia deixam 18 mortos
Pelo menos 18 pessoas morreram e cerca de 130 ficaram feridas nesta terça-feira (23) em bombardeios russos contra a Ucrânia, anunciou o presidente Volodimir Zelensky, indicando que o balanço poderia aumentar à medida que os trabalhos de resgate avançavam.
Os bombardeios se concentraram em Kiev (norte) e em Kharkiv (leste).
"Infelizmente, 18 pessoas morreram", declarou Zelensky em seu discurso televisivo diário, acrescentando que os ataques deixaram 130 feridos.
Ele revelou, ainda, que o balanço fatal foi particularmente alto em Kharkiv, onde um edifício residencial de vários andares desmoronou.
"Havia gente comum que vivia ali", afirmou o mandatário ucraniano.
Nas últimas semanas, Ucrânia e Rússia trocam acusações de multiplicar os bombardeios contra áreas civis, em um momento de poucos avanços na frente de batalha.
Em Kharkiv, um fotógrafo da AFP viu, esta manhã, socorristas evacuando feridos e procurando sobreviventes entre os escombros de um prédio em ruínas.
O ministro do Interior, Igor Klimenko, informou que 27 pessoas tinham sido resgatadas dos escombros nesta cidade.
Em Kiev, 22 pessoas ficaram feridas, disse o prefeito da capital, Vitali Klitschko, acrescentando que "13 foram hospitalizadas, incluindo três crianças".
Em um bairro da capital, um edifício e vários veículos pegaram fogo, segundo a mesma fonte. A ogiva não detonada de um míssil também foi encontrada em um apartamento.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, descreveu essa nova série de bombardeios como um exemplo de "terror deliberado".
Já o primeiro-ministro ucraniano, Denys Chmygal, prometeu que seu país "fará a Rússia pagar pelo sofrimento e pela dor que causou".
Segundo o comandante em chefe do Exército ucraniano, Valeriy Zaluzhny, a Rússia disparou 41 mísseis contra a Ucrânia. No total, a defesa antiaérea destruiu 21, segundo a mesma fonte.
A Ucrânia pede a seus aliados ocidentais mais meios de defesa antiaérea para fazer frente às tropas russas, que lançaram uma ofensiva contra seu vizinho que dura quase dois anos.
A Rússia negou ter alvejado civis nos bombardeios desta terça-feira, alegando que ataca apenas alvos militares.
O.Meyer--JdB