Journal De Bruxelles - Europa será 'prioridade' de novo chanceler francês

Europa será 'prioridade' de novo chanceler francês
Europa será 'prioridade' de novo chanceler francês / foto: Thomas Padilla - POOL/AFP

Europa será 'prioridade' de novo chanceler francês

O novo ministro das Relações Exteriores da França, Stéphane Séjourné, garantiu nesta sexta-feira (12) que a Europa será sua "prioridade" e reiterou o apoio à Ucrânia para "garantir a vitória da democracia".

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"O fortalecimento da Europa [no cenário internacional] será minha prioridade", confirmou Séjourné durante a transferência de pasta junto a sua antecessora Catherine Colonna em Quai d'Orsay, sede da diplomacia francesa.

"O rearmamento da França passa pelo rearmamento da Europa. Viajarei nos próximos dias para Berlim e Varsóvia", acrescentou o também eurodeputado e líder do partido presidencial, que assume o cargo aos 38 anos.

Fiel partidário do presidente francês, Emmanuel Macron, insistiu que a Europa era uma garantia para o futuro da França, especialmente a extrema direita, crítica com a construção europeia, lidera as pesquisas no seu país antes das eleições para o Parlamento Europeu em junho.

"Sei que o mundo dá medo (...), que vocês estão orgulhosos de seu país (...), da sua voz única no mundo, da sua vocação universal", garantiu o diplomata em uma mensagem aos franceses.

"Este ministério é uma voz no mundo, mas também o seu escudo contra a desordem mundial. A nossa missão é oferecer ao nosso país um mundo mais seguro para vocês e seus filhos", acrescentou.

A nomeação ocorre em meio a mudanças no governo da França, com o novo governo liderado pelo primeiro-ministro Gabriel Attal.

Séjourné reforçou que "ajudar a Ucrânia", invadida pela Rússia em 2022, "é garantir a vitória da democracia", disse, acrescentando que "promover um intercâmbio justo no comércio exterior é garantir seus empregos".

O novo chefe da diplomacia francesa, que lidera o grupo parlamentar liberal no Parlamento Europeu desde 2021, é pouco conhecido do público em geral.

Ele passou parte da infância e da juventude na Espanha e na Argentina. A crise argentina de 2001 levou-o a tornar-se politicamente ativo, primeiro no Partido Socialista e posteriormente com Macron. "Vi então como toda uma classe média na Argentina caiu na pobreza extrema (...) percebi que as decisões políticas podem ter impacto na vida das pessoas", disse ele ao jornal Le Parisien em 2019.

T.Peeters--JdB