Blinken busca evitar propagação do conflito no Oriente Médio
O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, disse neste sábado que deseja garantir que o conflito em Gaza não se propague pelo Oriente Médio, na primeira etapa de seu novo giro por aquela região.
Blinken deu a declaração após se reunir na ilha de Creta com o premier grego, Kyriakos Mitsotakis. O americano disse que irá conversar com seus aliados sobre as medidas que podem ser tomadas para evitar uma propagação regional.
“Uma de nossas verdadeiras preocupações é a fronteira entre Israel e o Líbano e queremos fazer todo o possível para garantir que não haja uma escalada”, acrescentou Blinken, depois de um dia marcado por ataques nessa fronteira.
Blinken, que iniciou sua nova viagem pelo Médio Oriente na Turquia e na Grécia, também viajará para Jordânia, Israel, Cisjordânia ocupada e outros locais da região, para evitar uma escalada regional do conflito entre Israel e o Hamas.
O chefe da diplomacia americana reuniu-se com Mitsotakis na residência privada do chefe de governo grego em Creta, onde eles discutiram a guerra de Gaza e "a modernização das Forças Armadas gregas", segundo o chefe da diplomacia grega, Giorgos Gerapetritis.
Horas antes, Blinken havia conversado na Turquia com Erdogan, em um encontro que durou mais de 75 minutos, segundo fontes diplomáticas americanas, e que ocorreu após um encontro com o seu homólogo turco, Hakan Fidan. Uma fonte diplomática afirmou que este último defendeu "um cessar-fogo imediato" no território palestino.
O diplomata ressaltou "a necessidade de evitar que o conflito se alastre, de aumentar a ajuda humanitária, de reduzir as vítimas civis, de trabalhar para uma paz regional duradoura e de avançar para a criação de um Estado palestino".
O conflito na Faixa de Gaza foi desencadeado pelo ataque de 7 de outubro perpetrado por combatentes do Hamas, que mataram 1.140 pessoas em Israel e sequestraram outras 250, das quais 132 permanecem em cativeiro em Gaza, segundo autoridades.
Em resposta, Israel lançou uma ofensiva devastadora em Gaza que deixa 22.722 mortos, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.
W.Dupont--JdB