Zelensky conversa com líderes de Equador, Paraguai e Uruguai e agradece apoio
O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, abordou, neste domingo (10), aspectos de sua luta contra a invasão russa com os mandatários de Equador, Paraguai e Uruguai durante sua visita à Argentina para participar da cerimônia de posse do ultraliberal Javier Milei.
"A voz poderosa e unida dos países latino-americanos que apoiam a luta do povo ucraniano pela liberdade e a democracia é muito importante para nós", disse Zelensky nas redes sociais depois das reuniões.
Tanto Moscou quanto Kiev têm cortejado os países latino-americanos, que estiveram divididos em sua resposta à guerra da Ucrânia.
Zelensky disse que estava agradecido com o presidente uruguaio, Luis Lacalle Pou, e seu país "por apoiar a soberania e a integridade territorial da Ucrânia".
Ele elogiou a participação do Uruguai na terceira reunião de assessores estrangeiros sobre a implementação da fórmula ucraniana na negociação de paz, e convidou Equador e Paraguai a se juntarem à iniciativa.
Zelensky falou também com seu par paraguaio, Santiago Peña, a quem "agradeceu o firme apoio à Ucrânia dentro das organizações internacionais".
Por sua vez, no diálogo com o presidente do Equador, Daniel Noboa, Zelensky discutiu as possibilidades de "ampliar a cooperação bilateral".
Os três países sul-americanos votaram a favor de uma resolução da ONU de fevereiro de 2023 que pedia o fim da guerra na Ucrânia.
Zelensky participou neste domingo da cerimônia de posse de Milei e, quando o novo presidente da Argentina saiu para fazer seu discurso na escadaria do Congresso, os dois se cumprimentaram e se abraçaram, trocaram algumas palavras e se despediram com um novo abraço.
"Este é um novo começo para a Argentina, e espero que o presidente Milei e todo o povo argentino surpreendam o mundo com o seu sucesso", disse Zelensky nas redes sociais após a cerimônia. "Também confio que a cooperação bilateral entre Ucrânia e Argentina vai continuar aumentando", ressaltou.
Em sua primeira viagem à América do Sul desde o início da invasão russa a seu país, em fevereiro de 2022, o ucraniano espera obter um apoio explícito para seu país diante do conflito bélico.
T.Moens--JdB