Putin chega à Arábia Saudita após ser recebido com honras nos Emirados
O presidente russo, Vladimir Putin, chegou, nesta quarta-feira (6), à Arábia Saudita, segunda e última etapa de uma visita diplomática que visa discutir sobre o conflito israelense-palestino e o petróleo, que o levou anteriormente aos Emirados Árabes Unidos.
O dirigente aterrissou em Riade à noite, segundo imagens divulgadas pela televisão russa, e se reunirá com o príncipe herdeiro saudita, Mohammad bin Salman.
Os dois mandatários não falarão apenas de investimentos, mas também de "sua cooperação no setor da energia", segundo o Kremlin.
O conflito entre Israel e o movimento islamista Hamas também está na agenda de conversas, segundo a Presidência russa.
Nesta visita rápida à região, Putin, primeiramente, esteve nos Emirados Árabes Unidos.
O mandatário russo foi recebido no palácio presidencial de Abu Dhabi com todas as honras e se reuniu o seu contraparte emiradense, Mohamed bin Zayed al Nahyan.
"Graças à sua posição, as nossas relações atingiram um nível sem precedentes", sublinhou Putin no início da reunião, referindo-se aos Emirados como "o principal parceiro comercial da Rússia no mundo árabe" e mencionando "projetos no setor do gás e do petróleo".
O líder russo afirmou que falaria com o presidente da federação dos Emirados sobre a situação "nas zonas quentes", citando o conflito israelense-palestino e a "crise na Ucrânia".
A Presidência russa também indicou que os líderes discutiriam a redução da produção de petróleo no âmbito da Opep+, da qual a Rússia é membro.
Até agora, o líder russo limitava as suas viagens ao exterior porque era alvo de um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) pela "deportação" de crianças ucranianas.
Nesse sentido, não participou, por exemplo, das últimas cúpulas do G20 ou dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
No início de novembro, viajou para o Cazaquistão. Em outubro foi recebido pelo seu aliado Xi Jinping na China, à margem do fórum Novas Rotas da Seda.
Antes de sua visita a Pequim, ele visitou o Quirguistão, outro aliado de Moscou. Foi a sua primeira viagem ao exterior desde o mandado de prisão do TPI.
T.Peeters--JdB