Journal De Bruxelles - TPI 'intensificará' investigações de eventuais crimes de guerra em Gaza

TPI 'intensificará' investigações de eventuais crimes de guerra em Gaza
TPI 'intensificará' investigações de eventuais crimes de guerra em Gaza / foto: Thaer GHANAIM - PPO/AFP

TPI 'intensificará' investigações de eventuais crimes de guerra em Gaza

Após visitar Israel e os territórios palestinos, o procurador-chefe do Tribunal Penal Internacional (TPI), Karim Khan, prometeu neste domingo (3) que intensificará os esforços para investigar possíveis crimes de guerra no conflito entre Israel e o Hamas.

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Khan destacou que sua visita não foi realizada para "investigar" e explicou que aproveitou a oportunidade para falar com vítimas de ambos os lados do conflito.

Após o ataque do movimento islamista Hamas em Israel em 7 de outubro, no qual os milicianos mataram 1.200 pessoas e capturaram cerca de 240, segundo as autoridades israelenses, Israel lançou uma grande operação na Faixa de Gaza para "liquidar" o Hamas, que governa esse território.

De acordo com os números do Hamas, os bombardeios e a operação terrestre de Israel em Gaza causaram mais de 15.500 mortes, principalmente civis.

"As acusações críveis de crimes de guerra durante este conflito devem ser alvo de um exame e de uma investigação independentes", declarou Khan. "Meus serviços intensificarão seus esforços para avançar em suas investigações", acrescentou.

O TPI, estabelecido em 2002 para julgar as piores atrocidades cometidas no mundo, iniciou em 2021 uma investigação de supostos crimes de guerra nos territórios palestinos, em decorrência de denúncias contra Israel, Hamas e outros grupos armados palestinos.

Segundo o procurador-chefe, seu mandato seria aplicado nos supostos crimes durante a guerra em curso.

No entanto, suas equipes não puderam entrar em Gaza nem em Israel, que não é membro do TPI.

Khan disse que viu a "crueldade calculada" nos locais atacados pelo Hamas, ataques que "representam crimes internacionais de grande destaque".

Ele também enfatizou que a "forma como Israel responde a esses ataques deve respeitar as regras claras que regem os conflitos armados" e o direito internacional humanitário.

O.Leclercq--JdB