Journal De Bruxelles - Senado aprova adesão definitiva da Bolívia ao Mercosul

Senado aprova adesão definitiva da Bolívia ao Mercosul
Senado aprova adesão definitiva da Bolívia ao Mercosul / foto: Jean-Christophe VERHAEGEN - AFP/Arquivos

Senado aprova adesão definitiva da Bolívia ao Mercosul

O Senado aprovou a adesão da Bolívia ao Mercosul, etapa que estava pendente para ratificar seu ingresso definitivo ao bloco regional.

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"Obrigado aos senadores por concluírem esse processo e parabéns ao presidente @LuchoXBolivia (Luis Arce) e a Bolívia por se juntar a nós no Mercosul", escreveu Luiz Inácio Lula da Silva na rede X nesta quarta-feira (29), após a aprovação na noite anterior.

O Senado era a última instância do governo que ainda não havia dado sinal verde ao ingresso do país andino no bloco, que além do Brasil, é formado por Argentina, Paraguai e Uruguai.

O projeto agora segue para a promulgação de Lula.

O acordo para a adesão da Bolívia foi assinado em 2015, durante uma cúpula dos chefes de Estado em Brasília.

O Senado também aprovou uma comissão temporária que em 180 dias fará uma verificação da "situação política e social" da Bolívia, bem como o "cumprimento da cláusula democrática" do Mercosul.

"A entrada definitiva da Bolívia no Mercosul otimizará o comércio e a cooperação com Estado que possui população de mais de 12 milhões de pessoas e produto interno bruto na ordem de US$ 41 bilhões" (cerca de R$ 200,6 bilhões na cotação atual), completou.

O Mercosul foi criado em 1991 por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Em 2006, a Venezuela foi aprovada como membro, mas sua participação foi suspensa em 2017 por uma "ruptura da ordem democrática".

O bloco sul-americano realizará sua próxima cúpula de chefes de Estado no dia 7 de dezembro, no Rio de Janeiro.

A Bolívia já havia sido convidada para o encontro, por ser um país associado, informou à AFP o Ministério de Relações Exteriores do Brasil.

A cúpula será focada, sobretudo, no tratado de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia, cujas negociações se intensificaram nas últimas semanas para tentar chegar a um acordo até o final do ano.

Y.Callens--JdB