Journal De Bruxelles - EUA e China se comprometem a seguir discussões comerciais em 2024

EUA e China se comprometem a seguir discussões comerciais em 2024
EUA e China se comprometem a seguir discussões comerciais em 2024 / foto: CARLOS BARRIA - POOL/AFP/Arquivos

EUA e China se comprometem a seguir discussões comerciais em 2024

Estados Unidos e China planejam continuar suas discussões comerciais no próximo ano, informou o Departamento de Comércio nesta sexta-feira (17), apesar das tensões entre as duas grandes potências globais.

Tamanho do texto:

O anúncio ocorreu após a reunião de quarta-feira entre os presidentes Joe Biden e Xi Jinping, à margem da cúpula anual do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), realizada em San Francisco esta semana.

A secretária de Comércio dos Estados Unidos, Gina Raimondo, conversou com seu homólogo chinês, Wang Wentao, na quinta-feira, sobre a relação comercial bilateral.

"Durante a reunião, os dois discutiram o progresso alcançado pelos grupos de trabalho em questões comerciais e planejaram se encontrar pessoalmente no início de 2024", indicou o Departamento de Comércio em comunicado.

As partes também pretendem realizar discussões técnicas em janeiro para impulsionar a proteção de segredos comerciais.

As tensões entre as duas maiores economias do mundo escalaram nos últimos anos, em uma ampla gama de tópicos, desde direitos humanos até controle de exportações.

Os Estados Unidos buscam limitar o acesso da China a microchips cruciais para o desenvolvimento de tecnologia de ponta, de inteligência artificial a armamentos, ao considerar esta uma questão de segurança nacional.

Xi disse a Biden esta semana que esse tipo de ação prejudica os "interesses legítimos" da China.

O Departamento de Comércio dos Estados Unidos planeja trabalhar com as autoridades chinesas para promover laços por meio da reativação de uma cúpula de turismo prevista para maio na cidade chinesa de Xi'an.

"A secretária Raimondo também enfatizou que proteger a segurança nacional não é negociável", afirma o comunicado, acrescentando que os controles americanos sobre suas exportações não estão projetados para conter o crescimento da China.

C.Bertrand--JdB