EUA diz que membros da Apec devem ser livres para escolher seus sócios
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, exortou nesta terça-feira (14) os países da bacia do Pacífico a se sentirem livres para escolher seus próprios sócios, no momento em que disputa uma liderança regional com a China.
Os comentários de Blinken, durante uma reunião de ministros das Relações Exteriores do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec) em San Francisco, ocorrem na véspera de um encontro entre o presidente americano Joe Biden e seu par chinês, Xi Jinping.
Blinken, dirigindo-se aos representantes dos 21 países-membros, citou uma declaração de 2020 da Apec que pedia uma "comunidade da Ásia-Pacífico aberta, dinâmica, resiliente e pacífica".
"Os Estados Unidos acreditam nessa visão: uma região onde as economias sejam livres para escolher seu próprio caminho e seus próprios aliados, onde os problemas sejam abordados abertamente, onde as regras sejam alcançadas de maneira transparente e aplicadas de maneira justa, onde os bens, as ideias e as pessoas fluam legal e livremente", afirmou.
Os Estados Unidos asseguram que a China pressiona economicamente os países que têm disputas com Pequim e intensificou nos últimos meses as sanções contra o governo chinês, ao qual acusa de não respeitar os direitos humanos.
A China, por sua vez, criticou o papel dos Estados Unidos na Ásia, particularmente suas alianças militares, em uma região onde Pequim tem sido o ator dominante.
Apesar das tensões, Biden se reunirá nesta quarta-feira com Xi em paralelo à cúpula da Apec.
Ambos expressaram esperança de trazer mais estabilidade à tensa relação entre as duas maiores economias do mundo.
O.Leclercq--JdB