Journal De Bruxelles - Venezuela diz que UE não poderá observar suas eleições enquanto mantiver sanções

Venezuela diz que UE não poderá observar suas eleições enquanto mantiver sanções
Venezuela diz que UE não poderá observar suas eleições enquanto mantiver sanções / foto: Federico PARRA - AFP/Arquivos

Venezuela diz que UE não poderá observar suas eleições enquanto mantiver sanções

A União Europeia (UE) não poderá observar "nenhum" processo eleitoral na Venezuela enquanto mantiver sanções contra o Estado e seus funcionários, afirmou nesta terça-feira (14) o chefe da delegação do governo no diálogo venezuelano, Jorge Rodríguez, depois que o bloco renovou as medidas.

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"Enquanto houver um venezuelano ou venezuelana sancionado pela União Europeia e enquanto houver alguma sanção contra o Estado venezuelano, estarão impedidos de ir à Venezuela para observar qualquer tipo de eleição, qualquer", disse o também chefe do Parlamento venezuelano durante uma sessão legislativa.

O Conselho da UE anunciou na segunda-feira a renovação de suas sanções à Venezuela em uma resolução que decidiu limitar a seis meses em vez de um ano, após considerar como um "passo positivo" o desenvolvimento do diálogo entre o governo e a oposição, e os acordos alcançados em outubro em Barbados.

Na ocasião, as partes concordaram em realizar as eleições presidenciais no segundo semestre de 2024 com a presença de observadores internacionais, incluindo a UE.

O governo do esquerdista Nicolás Maduro rejeitou na segunda-feira a renovação das sanções e as classificou como "ilícitas". Em nota, a chancelaria afirmou que a decisão do bloco o "inabilita de participar nos processos políticos venezuelanos".

As sanções da UE contra a Venezuela foram impostas em 2017 devido à "deterioração da democracia, do Estado de direito e dos direitos humanos".

Na resolução de renovação, o bloco indicou que "está disposto a tomar medidas e considerar a flexibilização ou revogação das medidas restritivas com base na evolução da situação e na aplicação deste acordo político".

O bloco europeu tem sido criticado pelo governo venezuelano, que o acusa de interferência, especialmente após uma comissão observar as eleições regionais de 2021 e denunciar irregularidades no processo.

Altos dirigentes dentro do chavismo, como Diosdado Cabello, afirmaram após esse processo que a UE não poderia mais observar eventos eleitorais.

X.Maes--JdB