Crianças, estrangeiros e famílias estão entre os reféns do Hamas em Gaza
O Hamas capturou pelo menos 34 menores e famílias inteiras durante sua incursão em solo israelense em 7 de outubro.
Abaixo, as informações disponíveis até o momento sobre os reféns levados para Gaza, segundo uma base de dados compilada pela AFP.
Dos cerca de 240 reféns contabilizados pelas autoridades israelenses, a AFP conseguiu identificar 206 até 14 de novembro, graças à sua rede de jornalistas, em contato regular com as famílias dos reféns, e à imprensa israelense.
Há poucas provas de vida, e os dados variam muito.
A barreira entre os reféns e as pessoas desaparecidas é muito tênue e, muitas vezes, acontece de vítimas inicialmente consideradas reféns acabarem sendo identificadas como falecidas no ataque de 7 de outubro. É o caso da pacifista israelo-canadense Vivian Silver, cuja morte foi anunciada na segunda-feira.
Além disso, também não se sabe se todos os reféns continuam vivos.
O Hamas anunciou, repetidamente, a morte de reféns nos bombardeios israelenses, embora estas afirmações não tenham podido ser verificadas de forma independente.
A morte da militar Noa Marciano, refém que apareceu em um vídeo na segunda-feira, foi posteriormente confirmada pelo exército israelense.
Os dados abaixo, ainda sujeitos a alterações, concentram-se nos 206 reféns confirmados. Entre eles, estão pelo menos 34 menores, incluindo 17 crianças com 10 anos, ou menos.
O refém mais jovem é Kfir Bibas, que tinha nove meses quando foi sequestrado no kibutz de Nir Oz. Seu irmão Ariel, de 4 anos, e seus pais, Yarden e Shiri, na casa dos 30 anos, também foram feitos reféns.
A mãe e seus dois filhos, que segundo a imprensa israelense têm nacionalidade argentina, aparecem rodeados por milicianos armados em um vídeo publicado nas redes sociais.
Entre as pessoas mantidas em cativeiro, há pelo menos oito octogenários. Os quatro mais velhos têm 85 anos, como Yaffa Adar. O vídeo de seu sequestro, a bordo do que parece ser um carrinho de golfe, foi amplamente divulgado nas redes sociais.
Os reféns incluem pelo menos 103 homens e 63 mulheres. Sabe-se, até agora, de 31 famílias com vários de seus membros levados como reféns. As duas mais afetadas afirmam ter sete reféns confirmados cada uma.
- 28 nacionalidades -
É o caso da israelense Inbal Zach. Militantes do Hamas sequestraram sete de seus familiares no Kibutz Beeri, localizado a 4 quilômetros da fronteira com a Faixa de Gaza. Entre eles, estão Tal Shoham (38 anos), sua esposa, Adina (38 anos), e seus filhos Nave (8 anos) e Yahel (3 anos). A mãe de Adina (Shoshan Haran) e a tia (Sharon Avigdori), assim como sua filha Noam (12 anos) também foram feitas reféns. Outros membros da família foram mortos.
A outra família com sete reféns é do kibutz Nir Oz, onde pelo menos 70 pessoas foram sequestradas pelo grupo islamista.
Sharon Aloni Cunio (34 anos), seu marido, David Cunio (33 anos), suas filhas Emma e Yuly, seu cunhado Ariel Cunio, sua irmã Danielle Aloni (44 anos) e sua sobrinha Amelia Aloni (5 anos) foram capturados juntos. Danielle Aloni apareceu em um vídeo divulgado pelo Hamas em 30 de outubro, junto com outras duas mulheres, Yelena Trupanov e Rimon Kirsht.
O Hamas também divulgou outro vídeo em 16 de outubro, apresentando a refém franco-israelense Mia Shem.
O grupo Jihad Islâmica, aliado do Hamas em Gaza, divulgou um vídeo em 9 de novembro com Hannah Katzir e Yagil Yaakov.
O Hamas também sequestrou 38 pessoas no festival de música Tribe of Nova. Pelo menos nove soldados, ou observadores, do Exército israelense estão na lista de reféns.
Segundo dados oficiais de 7 de novembro, além de Israel, os reféns são cidadãos de 27 países. Vinte e cinco deles são tailandeses, 21 argentinos, 18 alemães, dez americanos, sete franceses e sete russos. Existem inúmeros binacionais.
Até agora, o Hamas libertou quatro reféns, e uma soldado foi resgatada pelo Exército israelense em Gaza.
J.F.Rauw--JdB