Journal De Bruxelles - Em visita à Guatemala, chanceler ucraniano pede apoio da América Latina

Em visita à Guatemala, chanceler ucraniano pede apoio da América Latina
Em visita à Guatemala, chanceler ucraniano pede apoio da América Latina / foto: JOHAN ORDONEZ - AFP

Em visita à Guatemala, chanceler ucraniano pede apoio da América Latina

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, pediu, nesta quinta-feira (11), o apoio da América Latina para condenar a invasão da Rússia e disse que a "neutralidade" de alguns países permite a continuidade da "agressão", durante viagem à Guatemala.

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"Acreditamos que os países de América Latina deveriam ter a mesma postura da Guatemala e seguir os princípios que a nação guatemalteca adotou e condenar a agressão", disse Kuleba em uma entrevista coletiva no Palácio Nacional na capital Cidade da Guatemala, ao finalizar uma visita de dois dias.

A Guatemala é um dos poucos países da região que manifestaram apoio à Ucrânia desde a invasão russa em 24 de fevereiro do ano passado. Cinco meses depois do início da guerra, o presidente guatemalteco, Alejandro Giammattei, visitou a Ucrânia para se solidarizar com seu colega ucraniano, Volodimir Zelensky.

Kuleba criticou o fato de alguns países da região "acreditarem que a melhor maneira de agir é permanecer neutro no conflito entre Ucrânia e Rússia", enquanto outros afirmam "que esta guerra é um problema de Europa e que não têm nada a ver" com ela.

"Ao manterem uma atitude neutra, isso incentiva a Rússia a seguir com sua agressão", criticou o chanceler ucraniano, que chegou ao país como convidado para a cúpula de chefes de Estado e de governo da Associação de Estados do Caribe (AEC), que acontece na cidade colonial de Antigua, no sudoeste da Guatemala.

"A Rússia vai perder esta guerra e vai pagar pelos crimes cometidos em prol desta guerra", acrescentou Kuleba.

Por sua vez, o presidente guatemalteco Giammattei, após ser condecorado por Kuleba em nome do governo ucraniano, garantiu que "a Guatemala continuará apoiando política e diplomaticamente a Ucrânia em sua intensa luta pelo desenvolvimento, o bem-estar e a defesa de seu povo".

"Desejo logo o fim da guerra e o início da reconstrução da própria Ucrânia", assinalou o mandatário.

R.Cornelis--JdB