Journal De Bruxelles - Campeão do Mundial de Clubes poderá receber mais de R$ 700 milhões

Campeão do Mundial de Clubes poderá receber mais de R$ 700 milhões
Campeão do Mundial de Clubes poderá receber mais de R$ 700 milhões / foto: Giorgio VIERA - AFP

Campeão do Mundial de Clubes poderá receber mais de R$ 700 milhões

O campeão do novo Mundial de Clubes, que será disputado de 14 de junho a 13 de julho nos Estados Unidos, poderá receber até US$ 125 milhões (R$ 712,3 milhões na cotação atual), anunciou a Fifa nesta quarta-feira (26).

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A entidade, que já havia anunciado no início de março uma premiação global de US$ 1 bilhão (R$ 5,6 bilhões) para o novo formato do Mundial, detalhou a distribuição das quantias para as 32 equipes participantes: US$ 475 milhões (R$ 2,7 bilhões) distribuídos de acordo com o desempenho esportivo e US$ 525 milhões (R$ 2,9 bilhões) pela participação.

Somando todas as premiações por resultados ao longo da competição, assim como pela participação, o clube vencedor do torneio poderá arrecadar até US$ 125 milhões.

- Europa com a maior fatia -

Os clubes europeus ficarão com a maior parte da premiação por participação, cada um recebendo entre US$ 12,81 milhões (R$ 73 milhões) e US$ 38,19 milhões (R$ 217,62 milhões).

A Fifa especificou que os valores exatos para cada clube europeu serão determinados com base em critérios esportivos e comerciais.

As equipes da América do Sul receberão US$ 15,21 milhões (R$ 86,67 milhões) por participação cada um, enquanto as da América do Norte, América Central, Caribe, Ásia e África ficarão US$ 9,55 milhões (R$ 54,42 milhões).

Por fim, o representante da Oceania (Auckland City) receberá US$ 3,58 milhões (R$ 20,40 milhões) dessa verba.

"O modelo de distribuição representa a maior premiação já destinada a uma competição que inclui uma fase de grupos e uma fase de eliminação direta", ressaltou o presidente da Fifa, Gianni Infantino, citado em comunicado da entidade.

"Além da premiação prevista para os clubes participantes, será implementado um programa de solidariedade sem precedentes com o objetivo de distribuir um montante adicional de US$ 250 milhões (R$ 1,4 bilhões) para o futebol em todo o mundo", acrescentou o dirigente.

Infantino explicou que "todas as receitas [do torneio] serão revertidas para o futebol de clubes".

"As reservas da Fifa, que são mantidas para o desenvolvimento do futebol mundial através de nossas 211 associações-membro, não serão utilizadas", concluiu o presidente.

- Contexto adverso -

Durante muito tempo houve dúvidas sobre os detalhes econômicos do torneio, criado para ser realizado a cada quatro anos, mas nos últimos meses a Fifa conseguiu vários acordos importantes.

A plataforma britânica DAZN se tornou a emissora exclusiva e contratos de patrocínio foram fechados com Coca-Cola, Bank of America, o grupo chinês de televisores e eletrônica Hisense e a cervejaria AB InBev.

Em comparação, o orçamento global da Copa do Mundo de 2022 foi de US$ 440 milhões (R$ 2,5 bilhões).

No futebol de Clubes, a Liga dos Campeões da Europa, em seu novo formato com 36 participantes, propõe 2,46 bilhões de euros (R 15,11 bilhões), mas a competição dura vários meses (de setembro a 31 de maio nesta edição 2024/2025).

No entanto, a reta final do Mundial de Clubes avança em um contexto de oposição ao grande volume de jogos na temporada.

Em outubro de 2024, o Sindicato Mundial de Jogadores (FIFPro) e a Associação Europeia de Ligas apresentaram uma denúncia na Comissão Europeia contra a Fifa, acusada de abusar de sua posição na elaboração do calendário.

Infantino se apoia principalmente nos clubes mais importantes, especialmente na influência da ECA (Associação de Clubes Europeus), dirigida pelo presidente do Paris Saint-Germain, Nasser Al Khelaifi.

R.Verbruggen--JdB