Journal De Bruxelles - Botsuana recebe com festa Letsile Tebogo, primeiro ouro olímpico do país

Botsuana recebe com festa Letsile Tebogo, primeiro ouro olímpico do país
Botsuana recebe com festa Letsile Tebogo, primeiro ouro olímpico do país / foto: MARCO LONGARI - AFP

Botsuana recebe com festa Letsile Tebogo, primeiro ouro olímpico do país

Botsuana recebem com festa nesta terça-feira (13) o velocista Letsile Tebogo, que trouxe ao país africano a primeira medalha de ouro olímpica de sua história ao vencer os 200 metros rasos nos Jogos de Paris.

Tamanho do texto:

O jovem de 21 anos chegou ao aeroporto de Gaborone ao meio-dia (horário local) e foi recebido por centenas de torcedores vestidos com camisas azul e preta, as cores da bandeira do país, e por grupos de dança tradicional.

Famílias inteiras, de crianças a avós, participaram da grande recepção coletiva ao ídolo, que foi levado ao Estádio Nacional de Gaborone para continuar as comemorações.

O governo do país declarou nesta terça-feira um feriado de meio dia para permitir que a população participe da festa e receba "a sensação de Botsuana", que além do ouro olímpico dos 200m conquistou a medalha de prata no revezamento 4x400m.

Com as duas conquistas de Tebogo, Botsuana aumentou o seu saldo histórico de medalhas nos Jogos Olímpicos para quatro.

O presidente Mokgweetsi Masisi, vestindo paletó azul e gravata, participou com alguns passos de dança sob um guarda-chuva, que um participante ergueu para protegê-lo do sol.

Tebogo, de óculos escuros e moletom azul claro, recebeu um buquê de flores na chegada e também ficou entusiasmado com a recepção.

Botsuana, que tem 2,3 milhões de habitantes, conquistou sua primeira medalha olímpica nos Jogos de Londres-2012, com a prata de Nijel Amos nos 800m rasos. A equipe masculina de revezamento 4x400m conquistou o bronze em Tóquio-2020.

Letsile Tebogo tornou-se o primeiro atleta africano a vencer os 200m nos Jogos Olímpicos, ao terminar a meia volta da pista em 19 segundos e 46 centésimos (novo recorde africano), 27 centésimos atrás do recorde mundial do jamaicano Usain Bolt (19.19). Ele foi acompanhado no pódio por dois americanos, Kenny Bednarek (prata) e Noah Lyles (bronze).

Tebogo também não havia chegado nas melhores condições emocionais a Paris, muito afetado pela morte de sua mãe alguns meses antes. A data de nascimento dela estava marcada em seus calçados de competição, como uma homenagem.

"Levo-a comigo em cada passada na pista, o que me dá uma grande motivação", explicou.

S.Vandenberghe--JdB