Journal De Bruxelles - Da dúvida à esperança, Alemanha ressurge a tempo com Nagelsmann

Da dúvida à esperança, Alemanha ressurge a tempo com Nagelsmann
Da dúvida à esperança, Alemanha ressurge a tempo com Nagelsmann / foto: Tobias SCHWARZ - AFP

Da dúvida à esperança, Alemanha ressurge a tempo com Nagelsmann

Da dúvida à esperança. Em apenas alguns meses de trabalho, o técnico da seleção da Alemanha, Julian Nagelsmann, tomou decisões radicais que fizeram ressurgir a anfitriã da Eurocopa 2024.

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No dia 21 de novembro de 2023, no estádio Ernst-Happel de Viena, a 'Mannschaft' foi derrotada por 2 a 0 pela Áustria, um de seus rivais tradicionais, a menos de sete meses de receber as melhores seleções do continente para a Euro (14 de junho a 14 de julho).

- Kroos, a peça que faltava -

Era o ponto final de um ano para esquecer, a pior temporada da seleção alemã desde 1964, com seis derrotas em 11 amistoso disputados - não disputou as Eliminatórias da Euro por ser a anfitriã.

Após a demissão do técnico Hansi Flick em setembro do ano passado, Julian Nagelsmann assumiu o cargo com apenas 36 anos, inicialmente com contrato até a Eurocopa, mas em abril o vínculo foi renovado até a Copa do Mundo de 2026.

Pouco antes do Natal, em uma transmissão na televisão pública alemã, Nagelsmann anunciou as mudanças radicais que iria implementar.

Seu principal movimento foi convencer Toni Kroos, aposentado da seleção desde 2021, a voltar. O "maestro" do Real Madrid aceitou a missão e, em maio, anunciou seu retorno à 'Mannschaft' para a disputa do torneio continental.

Outra medida de Nagelsmann foi trocar a posição de Joshua Kimmich, que de volante passou a atuar como lateral-direito.

Além disso, o treinador deixou de convocar nomes de peso como Mats Hummels e Leon Goretzka para dar vez a novos jogadores.

O ponto de inflexão foi a data Fifa de março, quando Nagelsmann formou a base da equipe com peças-chave: o goleiro Manuel Neuer, os zagueiros Antonio Rüdiger e Jonathan Tah, Ilkay Gündogan como capitão no meio-campo ao lado de Kroos e as duas grandes esperanças do futebol alemão, Jamal Musiala e Florian Wirtz.

Em dois amistosos contra seleções tradicionais, a Alemanha venceu a França em Lyon (2 a 0) e bateu a Holanda em Frankfurt (1 a 0).

- Recuperar a motivação -

"Era importante dar ao povo o sentimento de que, depois de duas Copas do Mundo ruins, poderíamos dar a volta por cima e fazer uma boa Eurocopa", disse o diretor esportivo da seleção alemã, Rudi Völler, em entrevista ao jornal Sport-Bild.

"Contra a França, jogamos nosso melhor futebol em anos. A maneira com que jogamos me deu confiança na nossa capacidade de fazer uma boa Euro. Tenho certeza de que podemos ir longe", acrescentou Völler.

Depois de fracassar no Mundial em 2022 (eliminação na fase de grupos), a seleção alemã parece ter recuperado o apoio popular. O primeiro treino da equipe para a Eurocopa reuniu 15 mil espectadores.

"O objetivo principal é criar uma motivação no país, se possível desde o jogo de abertura", ressaltou Rüdiger.

A estreia será no dia 14 de junho, em Munique, contra a Escócia.

I.Servais--JdB