Journal De Bruxelles - Manchester City elimina Bayern após empate (1-1) e pega Real Madrid nas semis da Champions

Manchester City elimina Bayern após empate (1-1) e pega Real Madrid nas semis da Champions
Manchester City elimina Bayern após empate (1-1) e pega Real Madrid nas semis da Champions / foto: CHRISTOF STACHE - AFP

Manchester City elimina Bayern após empate (1-1) e pega Real Madrid nas semis da Champions

O Manchester City eliminou nesta quarta-feira o Bayern Munique nas quartas de final da Liga dos Campeões ao empatar (1-1) na Allianz Arena (depois de vencer por 3 a 0 no jogo de ida), e os 'Citizens' vão agora enfrentar o Real Madrid nas semifinais do maior torneio europeu de clubes.

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Os 'Sky Blues' de Pep Guardiola não se intimidaram diante da grandeza do palco do duelo e nem com o adversário em uma partida movimentada entre duas equipes que buscaram a vitória.

O astro norueguês Erling Haaland abriu o placar no segundo tempo (57') e Joshua Kimmich empatou de pênalti na reta final (83').

O confronto começou com um Bayern mais incisivo, movido pela necessidade de abrir o placar o mais rápido possível para sonhar com a virada. A verticalidade de Kingsley Coman pela ponta direita rendeu os primeiros aplausos vindos da torcida no Allianz que acreditava na façanha dos jogadores de Thomas Tuchel.

Mas o City, que começou o jogo com o mesmo time titular que deixou o duelo quase decidido no Etihad Stadium, é uma equipe cujo DNA não contempla a opção de contemporizar, de deixar a bola com o adversário e se fechar atrás, pelo menos não quando tem muito jogo pela frente.

- Lá e cá -

Em alguns momentos o jogo se transformou numa sucessão de ataques e contra-ataques mútuos, numa correria que não costuma beneficiar a equipe que precisa defender um resultado favorável.

Exceto quando essa equipe tem tanto poder de fogo e qualidade como os 'Sky Blues', que encontraram no talento de Bernardo Silva com a bola nos pés e na fome de gol de Erling Haaland os seus dois melhores argumentos para lembrar ao Bayern que além de marcar vários gols teriam que se preocupar em não sofrer nenhum.

O Bayern continuou tentando. Não tinha outro jeito. Leroy Sané tentou um chute cruzado que passou raspando a trave e foi pela linha de fundo.

Haaland deu o primeiro aviso ao ficar sozinho diante do goleiro suíço Yann Sommer após um passe em profundidade (18'). O zagueiro do Bayern de Munique, Dayot Upamecano, cometeu falta sendo o último defensor e o árbitro não hesitou em mostrar o cartão vermelho.

Um alarme falso porque o astro norueguês estava impedido e a expulsão acbou sendo anulada, mas o zagueiro francês não se recuperou do susto até o final da partida.

Aos 35 minutos, Upamecano cometeu pênalti por um toque de mão em um chute de Ilkay Gundogan, jogador que já havia marcado contra o Bayern na final da Liga dos Campeões de 2013, quando vestia as cores do Borussia Dortmund.

- Haaland protagonista -

Haaland teve pressa para pegar a bola e dar o 'golpe final' contra o time que o privou de tantos títulos durante sua passagem pelo Borussia Dortmund. Mas o norueguês chutou forte demais e a bola foi parar na arquibancada.

Mas os grandes artilheiros geralmente não desperdiçam muitas balas. Aos 57 minutos, a bola sobrou para o norueguês em um contra-ataque vertiginoso do City. Haaland dessa vez não desperdiçou e aproveitou o escorregão de Upamecano e só diante de Sommer dentro da área marcou seu décimo segundo gol na Liga dos Campeões nesta temporada.

Foi o toque final para os ânimos do Bayern, que precisava marcar quatro gols em meia hora contra um time que sofreu esse mesmo número em todo o torneio nesta temporada.

Mesmo assim, um pênalti após um toque de mão revisado pelo VAR serviu para Kimmich salvar seu time da derrota (83').

Com um gol e uma assistência na ida e o gol desta quarta-feira, Haaland mostrou que também aparece nas grandes ocasiões.

E a próximo também não será menor. O Real Madrid dos 14 títulos de Liga dos Campeões espera numa espécie de 'final antecipada'.

Já o Bayern, mergulhado em problemas internos desde a demissão do técnico Julian Naggelsman, terá que dar o resto de suas forças na Bundesliga se não quiser viver um ano histórico sem títulos.

P.Renard--JdB