Journal De Bruxelles - Sindicatos convocam greve em fábricas da Volkswagen na Alemanha

Sindicatos convocam greve em fábricas da Volkswagen na Alemanha
Sindicatos convocam greve em fábricas da Volkswagen na Alemanha / foto: JULIEN DE ROSA - AFP

Sindicatos convocam greve em fábricas da Volkswagen na Alemanha

Os sindicatos da Volkswagen convocaram uma greve a partir desta segunda-feira (2) nas plantas de produção da Alemanha em protesto pelos planos da direção de cortar milhares de postos de trabalho, anunciou o sindicato IG Metall neste domingo (1º).

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"Se necessário, esta será a batalha de negociação coletiva mais difícil que a Volkswagen já conheceu", advertiu em comunicado o negociador do sindicato, Thorsten Gröger, após um diálogo social obrigatório para 120.000 trabalhadores da marca na Alemanha.

Na sexta-feira, a fabricante, que prepara um plano drástico de redução de despesas, rejeitou uma proposta sindical para reduzir custos sem fechar fábricas na Alemanha.

"Na segunda-feira, vão começar paralisações de advertência em todas as fábricas", disse Gröger, que acusou a direção da companhia de ser "responsável, na mesa de negociação, pela duração e intensidade deste enfrentamento".

Em outro comunicado, a Volkswagen afirmou "respeitar" o direito de greve dos trabalhadores e disse confiar que um "diálogo construtivo" leve a "uma solução duradoura e sustentável coletivamente".

A Volkswagen anunciou em setembro que trabalha em um programa para aumentar a competitividade da empresa, mas, por ora, o diálogo entre a direção e responsáveis sindicais não levou a nenhum acordo sobre as medidas de restruturação.

Os representantes dos trabalhadores garantem que pelo menos três fábricas Volkswagen podem ser fechadas na Alemanha e que dezenas de milhares de postos de trabalho podem ser suprimidos.

A Volkswagen possui dez plantas de produção de veículos na Alemanha e cerca de 300.000 funcionários, dos quais 120.000 trabalham para a marca VW, a mais afetada por esses planos.

A companhia automotiva alemã viu-se impactada tanto pela desaceleração do mercado de veículos novos quanto pela concorrência chinesa e custos de mão de obra mais elevados que os de seus concorrentes, segundo os especialistas.

R.Verbruggen--JdB