Journal De Bruxelles - Sonda chinesa chega à face oculta da Lua para recolher amostras

NYSE - LSE
RBGPF 0% 56.9 $
SCS -0.94% 12.82 $
NGG 1.62% 60.05 $
RIO -0.38% 67.64 $
RYCEF 0.51% 5.83 $
CMSC 0.33% 24.281 $
AZN 0.7% 77.34 $
BTI 0.88% 31.69 $
CMSD 0.45% 24.52 $
RELX 1.15% 46.22 $
GSK 0.98% 38.84 $
BCE 0.47% 31.62 $
BCC -1.42% 115.83 $
VOD 1.56% 8.98 $
BP 0.22% 37.05 $
JRI -0.65% 12.35 $
Sonda chinesa chega à face oculta da Lua para recolher amostras
Sonda chinesa chega à face oculta da Lua para recolher amostras / Photo: Hector RETAMAL - AFP

Sonda chinesa chega à face oculta da Lua para recolher amostras

A sonda chinesa Chang'e-6 conseguiu pousar na face oculta da Lua para recolher amostras, o avanço mais recente do programa espacial de Pequim, informou neste domingo (2, noite de sábado em Brasília) a agência estatal Xinhua.

Text size:

A sonda Chang'e-6 alunissou na imensa Bacia Aitken, uma das maiores crateras de impacto conhecidas no Sistema Solar, indicou a Xinhua, citando a Agência Espacial da China.

O meio estatal acrescentou que esta será a primeira vez que amostras serão recolhidas dessa área pouco explorada da Lua.

A Chang'e realiza uma missão tecnicamente complexa de 53 dias que começou em 3 de maio.

Agora que alunissou, tentará coletar poeira e rochas lunares, bem como efetuar outros experimentos em suas imediações. O processo deverá ser concluído em dois dias, assinalou a Xinhua.

A sonda utilizará dois métodos de coleta: uma furadeira para recolher amostras embaixo do solo e um braço robótico para pegar amostras sobre a superfície.

Posteriormente, deverá tentar um lançamento sem precedentes a partir da face oculta da Lua.

Os cientistas afirmam que a face oculta da Lua - chamada assim porque não é visível da Terra - tem grande potencial para a ciência porque suas crateras estão menos cobertas pelos antigos fluxos de lava da face visível.

O material recolhido da face oculta pode oferecer informação sobre como a Lua se formou.

- Ambição espacial chinesa -

A China já tinha colocado em 2019 uma nave espacial na face oculta da Lua, mas não recolheu nenhuma amostra.

Sob o comando do presidente Xi Jinping, o pais tem dedicado um esforço considerável a seu "sonho espacial".

Pequim investiu uma infinidade de recursos em seu programa espacial na última década, visando uma série de iniciativas ambiciosas voltadas a reduzir a defasagem em relação às duas potências espaciais tradicionais: Estados Unidos e Rússia.

E o país asiático vem obtendo vários feitos notáveis, incluindo a construção da estação espacial Tiangong, ou "Palácio Celestial".

A China também enviou sondas robóticas para Marte e Lua, e se tornou o terceiro país no mundo a colocar humanos em órbita.

Mas Washington adverte que o programa espacial chinês vem sendo utilizado para ocultar objetivos militares e um esforço para alcançar o domínio do espaço.

"Acreditamos que muito de seu denominado programa espacial civil é um programa militar", afirmou em abril o administrador da Nasa, Bill Nelson, a legisladores americanos no Capitólio.

A China pretende enviar uma missão tripulada à Lua para 2030 e planeja construir uma base na superfície do satélite natural.

Os Estados Unidos também planejam voltar a enviar astronautas à Lua por volta do ano de 2026, com sua missão Artemis 3.

W.Dupont--JdB