Journal De Bruxelles - Polícia dispara gás lacrimogêneo contra manifestantes no Quênia

NYSE - LSE
RBGPF 0% 56.9 $
SCS -0.94% 12.82 $
AZN 0.7% 77.34 $
NGG 1.62% 60.05 $
RIO -0.38% 67.64 $
RELX 1.15% 46.22 $
BTI 0.88% 31.69 $
CMSC 0.33% 24.281 $
BP 0.22% 37.05 $
CMSD 0.45% 24.52 $
GSK 0.98% 38.84 $
BCC -1.42% 115.83 $
BCE 0.47% 31.62 $
RYCEF 0.51% 5.83 $
VOD 1.56% 8.98 $
JRI -0.65% 12.35 $
Polícia dispara gás lacrimogêneo contra manifestantes no Quênia
Polícia dispara gás lacrimogêneo contra manifestantes no Quênia / Photo: SIMON MAINA - AFP

Polícia dispara gás lacrimogêneo contra manifestantes no Quênia

A polícia do Quênia disparou gás lacrimogêneo nesta terça-feira (2) para dispersar as manifestações na capital Nairóbi, informaram jornalistas da AFP, em meio a uma onda de protestos contra o governo que deixou dezenas de mortos.

Text size:

As manifestações convocadas pelas redes sociais começaram no dia 18 de junho para protestar contra o aumento de impostos, mas levaram a um movimento mais amplo contra o governo do presidente William Ruto.

Ruto retirou o projeto de lei para aumentar os impostos em 26 de junho, depois que os manifestantes invadiram o Parlamento e a polícia respondeu com disparos.

A Comissão Nacional de Direitos Humanos do Quênia (KNHRC), um órgão oficial independente, informou na segunda-feira que 39 pessoas morreram desde a primeira manifestação de 18 de junho e condenou o uso da força "excessiva e desproporcional"contra os manifestantes.

A Human Rights Watch relatou 31 mortes e um grupo de ONGs locais, incluindo a filial queniana da Anistia Internacional, relatou 24 mortes.

Ruto afirmou no domingo que "não tem sangue nas mãos" e disse que a polícia fez "o melhor que pôde" para manter a ordem. Segundo o governo, foram registradas 19 mortes.

Na manhã desta terça-feira, muitos estabelecimentos comerciais permaneciam fechados na zona empresarial de Nairóbi, onde se concentraram muitos dos protestos anteriores.

Uma multidão marchou pela cidade costeira de Mombaça; outras cidades como Kisumu, Nakuru e Nyeri também testemunharam protestos e um forte contingente policial.

Estes protestos são um grande desafio para Ruto, que foi eleito em agosto de 2022 com a promessa de defender os mais pobres, mas que implementou medidas de austeridade, com aumentos de impostos que impactaram o poder aquisitivo.

O presidente defende que estas políticas são dolorosas, mas necessárias para travar o endividamento deste país do leste da África, onde a dívida chega a 70% do PIB.

W.Baert --JdB