Journal De Bruxelles - Primeiro contingente da polícia queniana chega ao Haiti para missão de segurança

NYSE - LSE
BCC -1.42% 115.83 $
SCS -0.94% 12.82 $
AZN 0.7% 77.34 $
NGG 1.62% 60.05 $
RBGPF 0% 56.9 $
CMSD 0.45% 24.52 $
CMSC 0.33% 24.281 $
GSK 0.98% 38.84 $
RIO -0.38% 67.64 $
JRI -0.65% 12.35 $
BTI 0.88% 31.69 $
BP 0.22% 37.05 $
BCE 0.47% 31.62 $
RELX 1.15% 46.22 $
VOD 1.56% 8.98 $
RYCEF 0.51% 5.83 $
Primeiro contingente da polícia queniana chega ao Haiti para missão de segurança
Primeiro contingente da polícia queniana chega ao Haiti para missão de segurança / Photo: ROBERTO SCHMIDT - AFP/Arquivos

Primeiro contingente da polícia queniana chega ao Haiti para missão de segurança

Um primeiro contingente de policiais quenianos chegou nesta terça-feira (25) a Porto Príncipe, no âmbito de uma missão internacional para restaurar a segurança no Haiti, um país abalado pela violência de gangues.

Text size:

Um avião da companhia aérea nacional Kenya Airways pousou pouco antes das 14h GMT (11h em Brasília) no aeroporto da capital haitiana com policiais a bordo.

O avião decolou de Nairóbi na noite de segunda-feira (24), depois de o presidente queniano, William Ruto, ter visitado os agentes antes da partida.

"Esta missão é uma das mais urgentes, importantes e históricas da história da solidariedade global", declarou o chefe de Estado em cerimônia realizada a portas fechadas, segundo o gabinete presidencial.

O Quênia propôs enviar mil agentes policiais ao Haiti para esta missão, cuja duração inicial será de um ano e na qual Bangladesh, Benin, Chade, Bahamas e Barbados se comprometeram a participar.

O destacamento desta força, aprovado por uma resolução do Conselho de Segurança da ONU em outubro, foi duramente criticado no Quênia.

Nesta terça, o país africano enfrenta uma situação caótica na capital Nairóbi, onde pelo menos cinco pessoas morreram e 31 ficaram feridas durante protestos contra o governo, de acordo com várias ONGs.

- Tarefa árdua -

A tarefa dos integrantes da missão internacional no Haiti não será fácil.

O país sofre de instabilidade política crônica há décadas e, nos últimos meses, enfrentou um recrudescimento da violência de gangues, que controla 80% da capital, Porto Príncipe.

A situação se deteriorou no final de fevereiro, quando grupos armados lançaram ataques coordenados na capital para derrubar o então primeiro-ministro Ariel Henry.

Desde então, autoridades de transição, incluindo um primeiro-ministro interino, Garry Conille, foram nomeadas com a tarefa de restaurar a estabilidade.

A violência causou uma grave crise humanitária no Haiti, onde o número de pessoas deslocadas internamente aumentou 60% desde março e chega a quase 600.000 pessoas, segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM).

A missão apoiada pela ONU, na qual os Estados Unidos estão estreitamente envolvidos do ponto de vista logístico, mas sem contribuir com tropas, visa apoiar a polícia haitiana na luta contra as gangues.

"Saúdo a determinação do governo queniano e de seu povo em apoiar o Haiti na luta contra a insegurança que corrói a sua sociedade", declarou Conille na rede social X.

O país caribenho "espera que esta missão multinacional seja a última a contribuir para estabilizar o país, para que possa renovar o seu pessoal político e retomar uma democracia efetiva", acrescentou, especificando que a restauração da segurança na ilha deverá permitir a realização de eleições.

Os haitianos foram às urnas pela última vez em 2016.

W.Lievens--JdB